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Low touch economy: conheça a nova tendência

Sem que o mundo tivesse tempo para se preparar (se é que tal seria possível), a COVID-19 exigiu o confinamento de quase metade da população mundial, evitando assim que a proximidade física entre as pessoas propagasse a infeção para níveis incontroláveis. Debelada a primeira onda, qualquer estratégia viável de desconfinamento terá de assentar numa economia de baixo contacto (Low Touch economy), numa versão em que as interações diárias com pessoas, produtos e serviços terão de ser limitadas ao mínimo indispensável e, ainda assim, sujeitas as novas regras de precaução.

​​​​​​​O período de confinamento desencadeou uma mudança drástica nos hábitos e rotinas. As restrições de mobilidade exigiram uma alteração profunda na forma como as pessoas interagem entre si, bem como na forma como interagem com os agentes económicos, desde logo, na compra de produtos e serviços. De um momento para o outro, deixamos de ir para o trabalho, os alunos deixaram de poder ir à escola e as cidades e vilas ficaram desertas com lojas e restaurantes fechados. As nossas rotinas, enraizadas e mecanizadas, desapareceram por completo e assistimos a uma nova lógica de trabalho, de ensino e de vivências baseadas no conceito de Low Touch Economy. Implementamos o trabalho remoto e novos métodos de ensino à distância, assim como começamos a festejar aniversários através do Zoom.

Low-Touch Economy: a nova realidade

​​​​​​​Em poucas semanas, reaprendemos a viver numa nova era, sem liberdade de circulação e com a imposição de regras que muitos de nós nunca vivenciou. No início, este contexto era incómodo e contranatura, mas com o tempo, conseguimos adaptar-nos e até encontrar aspetos positivos. Agora, existem rotinas e práticas nascidas nesta crise pandémica que queremos continuar a fazer. De acordo com alguns estudos relacionados com a formação de hábitos, quando um comportamento se repete em média 21 vezes, torna-se um hábito. Assim, quanto mais longo for o período de restrições, maior será a disrupção na economia.

O consumidor que sairá desta crise não será o mesmo que entrou!

E é aqui que entra o conceito de Low Touch Economy. Quem é que, depois de estar habituado a comprar online, escolhendo o seu cesto de compras comodamente, à hora que mais lhe convém, sem trânsito, dificuldades de estacionamento e filas nas caixas, recebendo no conforto do lar as suas compras, vai querer voltar a fazer tudo como antes?

Por outro lado, o que temos pela frente é um processo de desconfinamento progressivo e lento que, possivelmente, irá originar novas vagas do surto. Neste processo, continuaremos a viver num contexto de significativas restrições que continuam a moldar os nossos comportamentos e a transformar a nossa economia em Low Touch Economy. Até que surja uma vacina ou um tratamento eficaz, é inevitável viver com o vírus e, sendo o distanciamento social o único antídoto conhecido, são de esperar mudanças comportamentais na forma como vivemos e trabalhamos.

Este será o "novo” e contínuo normal. Uma economia que terá que se adaptar a novos hábitos e regulamentos com base numa interação física reduzida e com restrições mais rígidas ao nível da mobilidade (viagens) e higiene.

O impulso da transformação digital

Uma parte considerável destas mudanças estava a acontecer sob a égide da transformação digital. Por razões diferentes, uma vez que ninguém contava com esta pandemia, uma parte significativa das empresas tem vindo a transformar digitalmente processos e o próprio negócio.

Um conjunto de empresas já estava melhor posicionada nesta nova era digital e, por isso, acabaram por se adaptar melhor a este novo contexto. De um dia para o outro, grande parte tinha os seus colaboradores a trabalhar a partir de casa, os canais de venda online a garantir a continuidade do negócio e, com base nas ferramentas de comunicação e colaboração, toda uma organização a funcionar à distância.

Por oposição, outras organizações tiveram que fazer em poucas semanas o que andavam a adiar há anos e outras acabaram por perceber, da pior maneira, o custo da inércia e da fraca digitalização.

A aceleração da Transformação digital desencadeou uma digitalização veloz e sem precedentes por parte das empresas mais atrasadas digitalmente, sob pena de perderem as suas vantagens competitivas e, no limite, colocarem em causa a própria sobrevivência. Uma empresa que, por exemplo, não tenha um (ou mais) canais de venda online não será uma empresa!

Embora seja um lugar comum dizê-lo, as crises trazem oportunidades e esta não é exceção. Muitas organizações descobriram o trabalho remoto e as vantagens inerentes à não deslocação diária de dezenas ou centenas de colaboradores, aliado aos resultados positivos para a empresa, colaboradores e para o meio ambiente. Outras descobriram novos canais de venda e o todo o seu potencial.

Novas oportunidades, novo roadmap

Neste contexto, não é de estranhar que uma parte significativa das empresas aproveite esta crise para se reinventar e, desta forma, alimentar a onda da transformação da própria economia em Low Touch Economy. A mudança será acelerada já que a procura e a oferta pressionam no mesmo sentido, encontrando-se na base desta transformação a tecnologia e a integração entre diferentes tecnologias.

Para melhor responder às necessidades das empresas, a PRIMAVERA decidiu reorientar o seu roadmap de produto, colocando o e-Business no centro da sua estratégia.

Como e-Business, entenda-se o conjunto de soluções digitais que servem as organizações nas mais variadas áreas – cadeia de abastecimento, venda e área financeira.

O objetivo principal é tornar digitais os principais processos das organizações.

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